terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sabado 10 de Outubro

Hoje foi um dia fantástico…

Apesar de no inicio, com a desmarcação da ida ao mussulo devido ao tempo, eu tentei ir fazer uma volta que já há algum tempo andava a tentar.

Fazer a estrada de Viana, ir até ao catete e depois voltar pela estrada do kifangondo para entrar por cacuaco.

A ideia era boa, não demorava muito tempo, como a saída foi às 10h05 prevendo um trânsito de Luanda estar de volta cerca de 4 horas depois, o que dava para almoçar…

Tudo corria bem, algum tráfego para chegar ao largo primeiro de Maio, depois entrámos na estrada de Viana, a outra via de entrada/saída de Luanda.
O trânsito é ainda mais medonho, anda-se depressa, mas como a estrada ainda não está toda terminada temos muitos desvios.

E muita gente a vender na estrada e tudo se vende, desde ferros de engomar a comida passando por cabides, redutores de gás, enfim tudo!!!

Passando Viana, com 20km andados, saímos em direcção ao catete, 30 km à frente. Estrada boa, com alguma presença policial, nomeadamente nos antigos postos de controlo.





Existem pequenos povoados com nomes sugestivos, muitos deles de pessoas. As construções mudam radicalmente do que estava habituado a ver até agora. Gostei muito, porque as casas ainda são de paus de madeira barradas a terra.
Outras mais avançadas são de tijolos de terra secos ao sol. Como podem ver pelas fotos.

Aqui aconteceu o primeiro erro… em vez de virarmos na direcção do kifangondo, seguimos na direcção do dondo.
O que agora percebi que é a estrada que nos leva às pedras negras e Malange.
A vegetação é imponente, com embondeiros a atingirem os 20 metros de altura, a beleza e imponência destas árvores é enorme.
Observei bastantes queimadas, umas naturais, outras nem por isso. A queimada é feita para se obter terra arável, existe terra para todos, mas também existem muitas pessoas.

Fiquei maravilhado com a beleza natural, passamos por vários tipos de vegetação, desde zonas mais secas a zonas húmidas, com alguns pequenos pântanos.

Vimos muitas bananeiras e mamoeiros, que juntamente com o carvão e alguns legumes e as batatas se podem encontrar em vendas ao longo da estrada. É com base na venda de produtos agrícolas e de combustíveis que estes povos subsistem. Sim porque bombas de gasolina aqui são uma miragem.

Foram cerca de 380 quilómetros em pouco mais de 7 horas, com muito apetite pelo meio, uma vez que não almoçamos, mas apesar do cansaço, a experiência foi fenomenal.

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