sábado, 18 de julho de 2009

DIA 51 a 56

Nesta semana vimos acontecer:

  • O arranjo na quinta feira do ar condicionado da sala!!!
  • A mudança de empresa de aluguer de automóvel.
  • A FILDA (Feira Internacional de Luanda), certame onde cerca de 30 países expõem para tentar criar oportunidades de negócio com parceiros angolanos.
  • A autorização para a TAAG (Transportes aéreos angolanos) voltar a voar para Lisboa, com os Boeing 777 apenas e com supervisão da TAP.
  • A (não) libertação de Fernando Maila, antigo chefe dos Serviços de Inteligência Externa (SIE) (a secreta angolana) que ao que parece tem informações que podem trazer dores de cabeça a muita gente.
No entanto o destaque da semana vai para os atrasos que tivemos de suportar por parte do nosso actual motorista.

Na quinta-feira, combinámos às 19h30, quando a muito custo e após alguns telefonemas lá conseguimos que chegasse às 20h15. Depois à saída do restaurante tivemos de esperar por ele mais 45 minutos.

Sexta-feira foi o dia infernal! Combinámos às 19h00, porque estávamos cansados e precisávamos de descansar, para qual não é o nosso espanto que pelas oito ainda não tínhamos conseguido falar com ele. Por e simplesmente não atendia o telefone. Finalmente ficamos a saber que teve o problema no carro. O filme começa aqui. Telefonámos a um dos nossos antigos motoristas, para saber o telefone do patrão da empresa para podermos arranjar uma alternativa.
Sá para vos lembrar em Luanda não há táxis…. Só candongueiros…

A situação piora porque ele diz-nos que não tem ninguém disponível. Isto passa-se entre as 20h00 e as 21h00. Tentamos ainda, sem sucesso, junto da Unitel arranjar um carro.

Nesta altura já nos preparávamos para passar a noite nos sofás da Unitel. Tentámos ainda junto do hotel arranjar um carro, mas de lá disseram que todas as marcações têm de ser feitas com antecedência.

Posto isto, voltamos a ligar ao responsável pela empresa e solicitar que ele próprio nos viesse buscar, ele após perceber que não tínhamos alternativa, lá acedeu a vir-nos buscar.

O problema é que ele estava no aeroporto à espera de uma familiar e só nos viria buscar mais tarde. Como estávamos cansados e com fome fomos ao trinca espinhas comer qualquer coisa.
Lá pelas 23h00 recebemos a bendita chamada do Sr. Mário que nos veio trazer à mulemba.

Este episódio caricato mostra a completa dependência que temos de um motorista e no caso de algo de errado acontecer, até um simples pneu furado, os constrangimentos e desgaste físico e psicológico que sofremos…

Sábado dia de ir a fugir a Benfica buscar o ultimo artesanato e um BUBU… eis que o nosso motorista volta a desaparecer!!
Mais uma hora de espera sob um sol quente, a comer pó e a fazer contas à vida, situação agravada por eu ter deixado o telefone no carro e a fernanda ainda não ter o telefone dele.

Desta vez ligámos para o Sr. Daniel, que parece ser o responsável máximo da empresa, que ligou ao nosso motorista e lhe deu na cabeça.
O motorista ainda argumentou que estaria perto do carro… mas onde?

Eu vasculhei todo o mercado de Benfica e área circundante a procura dele, sempre de sobreaviso, uma vez que a zona está povoada de indivíduos “agressivos”.

Agora de volta à mulemba tudo parece mais calmo, mas a pergunta mantêm-se, e mais logo, quanto tempo iremos esperar?

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