Começamos normalmente com o cacimbo pela manha a evitar que se veja o sol radioso… Os táxis já circulam, mas nem por isso apanhamos fila. Havia espaço para todos na via publica!!!

A aventura foi mais à noitinha, ao chegarmos ao porto reparamos que a fila para a Boavista já estava na recta, sensivelmente a um quilómetro da rotunda. Eis então que o nosso motorista toma a via alternativa, e aqui vamos nós para a estrada de acesso à SONILS, a instalação de combustíveis e óleos integrada no porto de Luanda. A estrada de terra batida tinha meia dúzia de carros, caminho difícil, mas que o nosso Ford Explorer de 4,7L atacou sem dó nem piedade, afinal a gastar 35L/100 em cidade também era melhor.
Chegados à passagem inferior sobre a linha de comboio, eis que o nosso motorista queria virar à direita e eis que eu disse, não continuamos em frente, afinal se um camião com galera passava, nós também passávamos.
E assim chegamos à estrada do desvio que existe depois da comarca(prisão), ai mais uma vez disse ao motorista para continuar pelo atalho, eis que nos encontrávamos na linha do caminho de ferro antiga. O Ford ainda tocou nos carris, seis pessoas no 4x4 baixam a altura ao solo!!!
Tudo corria bem, mas eis que ficamos a uns 20 metros da estrada principal. E ficamos pelo menos uma horinha ai… Eram 21h, o jantar termina às 22h no hotel… e o problema no trânsito estava para demorar.
É então que eu tenho a magnifica (e parva) ideia de resolver vir a pé, são 3,2km desde a comarca até ao hotel, ao lado do famoso Sambizanga… O Paulo junta-se a mim, e iniciamos a nossa caminhada, determinada, num passo acelerado, a comer pó e a passar por entre os carros, a competir por um lugar na estrada.
Foram 35 minutos suados, mas ainda deu tempo para um banhito, eis que pelas 21h50 chegam eles. Aventura a não repetir, devo salientar uma coisa. As pessoas são educadas, nós ia-mos andando e dando as boas noites. E de uma forma simpática e correcta recebíamos de novo as boas noites.
Experiência libertadora e sem possibilidade de repetição.
Um dos poucos dias em que a baía de Luanda tem sol logo pela manhã, afinal o cacimbo e isso mesmo... não há sol para ninguém.
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